Diógenes - Esse filósofo é "barril"!

 


 Diógenes de Sínope, foi um filósofo grego que nasceu em 413 a. C,  na cidade de Sínope - atual Turquia.  Seu pai era fabricante de moedas e por ter forjado moedas, foi preso  e Diógenes exilado. 
    Ele viveu grande parte de sua vida em Atenas, se tornou um grande estudioso pertencendo a uma corrente filosófica chamada Cinismo. Eles acreditavam que a felicidade não podia ser encontrada nas coisas supérfluas que preenchem a vida, e  sim pelo autoconhecimento. Portanto, Diógenes preferiu viver tendo uma postura radical anti-materialista se abstendo de bens materiais e luxo, que segundo ele, cegavam o ser humano.
     Segundo a história Diógenes vivia perambulando pelas ruas de Atenas, morava dentro de um barril e vivia com o mínimo que precisava para sobreviver. A sua ênfase era que o ser humano deve se aprofundar no conhecimento de si.
      É dito que ele andava pelas ruas sempre dizendo: "Procuro um homem". Se referindo a sua busca por alguém que vivesse sem o luxo da sociedade. Alguns o chamavam de "Diógenes, o cão". Por viver de maneira tão simples que parecia um cachorro de rua. 
       Conta-se que Alexandre o Grande ouviu falar de Diógenes e sua sabedoria. O que o levou a ficar curioso e buscar conhece-lo. Então Alexandre foi a Diógenes e perguntou se ele queria alguma coisa (um cargo no império ou algo do tipo).  E Diógenes lhe respondeu: "Senhor, apenas não tires de mim, o que não podes me dar". Uma versão fala que ele disse: "Senhor, pode sair da frente do meu sol?"
         O filosofo nem ligou pro imperador. E isso causou uma admiração enorme em Alexandre que fez a seguinte observação: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes". 
          Na Bahia é comum elogiar alguém com a gíria: "Fulano é barril". Isso quer dizer que a pessoa é boa, é top. Pois é, esse filosofo  que vivia no barril era "barril"! Era um homem que tinha uma concepção de vida e de mundo bem diferente da sociedade em geral. Seus conceitos e valores se estruturavam no desapego, no compartilhamento, no altruísmo, na solidariedade, na empatia e sobretudo no desenvolvimento pessoal. O imperador pensou que Diógenes iria se render a ele e seus "favores" pedindo algum tipo de ajuda. Errado! O grande Alexandre teve uma grande surpresa; e tal foi a surpresa, que ele concluiu que sua vida, seu titulo e riqueza carecia de essência. precisava de muito mais! Sua vida não era tão exuberante assim. 
           Quando buscamos nos conhecer começamos a priorizar o que realmente nos enriquece como pessoa, Procuramos focar naquilo que faz brotar o melhor de nós - como dizem: A melhor versão de nós mesmos. Quanto as demais coisas, bem: Elas serão apenas acréscimos e resultados de uma vida que dá valor ao que realmente importa.